memórias

amo-te, mesmo e a sério, ainda.

E agora, que posso fazer mais se já sei o bom e o mau do teu lado, que posso fazer mais se prometi que ia ficar para sempre contigo? prometi que acontecesse o que acontecesse serias sempre, tu e eu e as nossas vidas. Entras-te na minha vida num dos momentos mais difíceis, também sei que ficas-te, permaneces-te sempre desse lado, mas unido a mim.. Mas agora que as coisas estão bem evidentes, não sei o que fazer com elas.. estão todas desorganizadas e preciso de tempo para que na realidade volte tudo a começar de novo. Preciso de tempo para organizar todas as ideias erradas em quem me fizes-te acreditar. Preciso de ti, mas a pessoa de quem preciso não é a mesma que eu sempre idealizei e por quem lutei naqueles dias intensos. Apenas me pergunto com raiva, ódio e fraqueza, depois de tudo, como me conseguiste enganar tanto e como me consegui eu deixar levar pelas tuas mentiras? A vida muitas vezes é injusta e eu sinceramente não sei o que fazer mais. O brilho já não é o mesmo e o resto tudo se foi. Agora acredito quando me dizias "eu não sou perfeito, acredita.." insisti tanta vez que para mim eras, insisti tanto!
E o medo era cada vez mais visível, mas tinha a certeza que não precisava de ter medo. "eu cuidarei sempre de ti", eram estas as palavras .. Inspirei profunda e lentamente, tão lento que com a força desatei a chorar, penso apenas: pelos vistos, nunca deste conta do quanto eu te amo! E eu sei que devia ter ficado, mas não assim, nem tanto tempo.. Também sei que devia ter tido mais controlo, e que embora o soluço provocasse cada vez mais dor, devia-o ter feito parar. Em seguida tomei consciência e apesar de não estar calma, estava mais calma. O histérico choro, passara, agora apenas o meu queixo tremia e os soluços ainda vinham (ás vezes). Arrisquei a querer dar-te o céu. o que meras e únicas letras nos fazem! Consigo apenas questionar-me "estás louca?".
E mais uma vez a sua ausência não me passou despercebida, tínhamos uma amizade estável, compreensível (e pensaria eu) sincera e única. Por agora sinto apenas culpa e mágoa, culpa por me ter esquecido que o mundo não era só eu, tu: nós; e mágoa por sentir que o idealismo me atacou e na realidade nunca foste nada de mais-que-perfeito e superior a lindo. De seguida, mais sentimentos me interromperam o raciocínio, pois sentia-me magoada, transtornada, confusa e magoada.Não chorei mais, tudo o que tinha iluminismo estava agora apagado e escuro. O ar está carregado, pesado e húmido e sei que tenho razão, pelo menos nisso.

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