Eu não te faço bem. Não sou uma pessoa estável e isto até podia servir de desculpa para muita coisa, mas não é assim...
Sinto-me perdida, com medo e distante, perdi o rumo. E o chão que piso tornou-se mais um cubo de gelo, onde estou farta de escorregar.
Queria ter a certeza que o chão ainda é o mesmo, que tu não vais embora e que todo o mundo te desculpa por todos os erros cometidos, tal como eu o fiz.
Tenho medo e odeio essa sensação… Fica, por favor fica comigo. Todas as pessoas que eu digo que adoro, eu adoro; todas as pessoas que eu digo que eu amo, eu amo. E tu representas o meio termos desses dois sentimentos; quase te amo, adoro-te muito e quase que te amo. Queres mais sinceridade que esta?
Quase não sinto o coração, está fraco, muito fraco, e à noite quando me deito, peço sempre que o dia corra melhor, que o teu dia te corra melhor; peço que Deus te dê força e te deixe sempre ser a pessoa, a boa pessoa que és.
Dou demasiado valor ao facto de haver algo bom em cada pessoa, porra, é verdade. Mas não me julguem mais por isso, eu não aguento mais.
Apenas pedia compreensão e sinceridade, é pedir muito?
Perdi-me.
Eu não preciso de me desculpar por nada, quando não fiz nada ou tenho de me desculpar pelo facto de querer o teu bem?
Vou ter mesmo que partir? Vou ter mesmo que ir de viagem para entenderem que eu só preciso de sol?
Nunca pedi demais. Ou pedi?
Não fui injusta. Ou fui?
Isto torna-se numa situação cansativa, desgastante torna-se uma situação sem fronteiras.
Quem me garante amanhã que eu hoje fiz a coisa certa? Quem me garante que ontem eu não errei? Ninguém.
Por isso, não me julguem.
Quando é que vai tudo voltar ao seu devido lugar? E por amor de Deus, não me venham dizer que é uma questão de tempo. Estamos a falar de pessoas que se transformam nos nossos sentimentos e em partes de nós e vocês vêem falar-me de tempo? Falem-me de verdade! Falem de gostar! Falem-me da amizade. Que coisa subjectiva não é? Então por favor, deixem-me estar, deixem.
Já sabes que escreves muito bem, nem preciso de o estar a dizer. E este texto de certa forma permite-me contextualizar a minha própria pessoa no que aí está.
ResponderEliminarNinguém nos garante na hora ou antecipadamente se agimos bem ou mal e acabamos por saber isso muito, muito tarde quando o tempo já não pode mudar nada ainda que queiramos bastante.
pois João, eu tentei demostrar-te isso, o meu ponto de vista e nunca me deste ouvidos. Foi preciso acontecer-te alguma coisa, que te permitisse ver isso, tenho pena, a sério.
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