memórias

só para ter o prazer de repetir as reticências (...)

Só queria neste momento ter forças para correr para os teus braços. Só queria ter forças para te dizer "abraça-me, anda lá, não sejas menino".
Queria estar no teu colo agora a rir, aliás, a rebolar de rir.
Queria que por momentos sentisses o que eu senti ao ver-te ir embora da minha vida, sem razões aparentes... Mas eu não tinha coragem para te fazer sofrer isso, não tinha, não tinha porque é claro que me passaria pela cabeça que estarias a sofrer, nem um bocadinho que fosse. E na verdade, também não queria que passasses, pelo menos, o que eu passei, injusto ou não, acabaste por sempre saber que não aguentaria mais perdas; - e tu, quase que foste embora- sabias também que já me magoaram o suficiente -o suficiente para saber que não devias ter feito o que fizeste.

E de facto, acabaste por voltar, só tenho isto p'ra dizer.
Ah, outra coisa, devolve-me a força que me roubas-te.

3 comentários:

  1. Há coisas que mudam, se nós quisermos que elas mudem.
    Mas lá esta, se não quisermos, essas coisas nunca vão mudar, não é assim?

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  2. Mas se não arriscarmos não vamos saber se vale a pena. Podemo-nos surpreender, e isso pode ser bom ou mau.
    Tu, acreditas em ti?

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  3. Claro que acredito em mim.
    Sim, tens razão mas há aquelas pessoas que magoam alguém sem ter intenção e outras que magoam propositadamente. Mas se virmos bem, não há ninguém que não magoe ninguém, temos de aprender a lidar com isso. Porque o que pode ser melhor para um, pode não ser melhor para o outro, logo a decisão vai magoar um dos dois.
    Ninguém é de confiança, ao ínicio, a confiança vai-se ganhando, assim como se vai perdendo ou acabando.
    Todos erram e todos merecem uma segunda oportunidade para mostrar que podem e querem mudar, se voltarem errar aí então já é outra coisa bem diferente e aí então sofre todas as consequências.

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