Edaduas

O tempo passa... Contudo, tanta coisa já mudou e eu gostava que visses toda a minha (pelo menos) saudade... Toda a minha (pelo menos) mudança... Correcção: A nossa (pelo menos) mudança!

Começo a ter receio de ser realmente verdade tudo aquilo que te diria que ia temer: o teu cheiro característico agora esquecido; todos os sítios que me mostraste agora meio turvos; todos os sorrisos e abraços agora meio inexistentes; todo o meu nervosismo e todas as minhas lágrimas que correram sem parar meio nostálgicas... A imagem mais nítida é quando pegaste no telemóvel todo convicto, e já esquecido que tinhas estado comigo e enquanto isso, a passos largos eu distanciava-me de ti e tinha a certeza que cada milésimo de segundo era mais um bocadinho longe de tudo o que levava comigo bem guardado daquele dia.

Temi tanto naquela paragem de autocarros, temi tanto e tanta coisa...

E a saudade daqueles tempos apenas a chuva sabe tudo o que eu sinto, aquela que correu por lá nesse dia... Por aí sim, por aí.

Guardo o bilhete, aquele que me fez acreditar que não foi um sonho... Percorri centenas de quilómetros para poder dizer que gostava muito de ti. E para mim, tinha-me tornado a pessoa mais louca do mundo por o ter feito. Agora que já sabes, fará sentido dizer-te... (?) Nasceste de uma árvore, tenho a certeza. És descendente das estrelas(...) já te toquei (...) Saltas de nuvem em nuvem; de estrela em estrela (...) És o quase meio termo (...) Rodas, rebolas, ris e choras... Não és lágrima nem bola, nem riso. (...) És mão vazia e cheia, e que tal? És tu!