Há coisas na vida, do qual só nós somos culpados, só nós! E não adianta andarmos a dizer que a culpa foi deste, daquele, do outro, porque na verdade, (e desta vez) foi minha...
No outro dia, (e não digo o dia exacto porque teria de fazer uma pausa bastante prolongada para saber situar...) bem, no outro dia como ia dizendo, estava eu a jogar um jogo e uma das perguntas feita por um "adversário" foi: "quantas vezes já culpaste os outros por coisas que fizeste?" ora nem mais! E foi aí que me veio à cabeça aqueles terríveis dias, as incessantes esperas, e o dia do veredicto final, estava aí, e eu não estava preparada, nem de longe!
Fui obrigada a cometer um crime, não iremos tão longe, não foi assim um crime tão grande (nem foi mesmo um crime), foi uma traição provocada por mim a mim mesma, e neste momento estou a sentir a dor prolongada desses dias. Tentei de todas as formas desculpar-me, tentei de todas as formas dizer "não, tu és forte, porquê isto tudo? Desrespeitaste-te, perdoa-te, tal como fazes aos outros!" Na verdade não consigo, e nem sei bem se algum dia conseguirei. Fui obrigada a fazer uma coisa que não queria, para bem de outro indivíduo. Será isso correcto?
Estarei eu a ser egoísta, por não querer ter feito uma coisa que acabei por fazer, para bem de outra pessoa, mesmo sabendo que me iria prejudicar e poderia eu sentir-me todos os dias um bocadinho mais cansada, um bocadinho mais triste?
Na verdade, os dias passaram, e na verdade eu acabei por cometer o tal "crime não assim tão grande", e acabei por todos os dias me sentir um bocadinho mais triste, um bocadinho mais cansada, um bocadinho mais sozinha, um bocadinho mais...
Tu não viste o quanto estava a ser difícil para mim tudo aquilo, tu avançaste, esqueceste-te de princípios criados por nós, esqueceste-te de que não eras só tu, e do quanto tinha sido difícil para mim tomar aquela decisão. Eu pensava que irias ter cuidado, por nós, eu pensava que me irias respeitar que depois irias ficar por ali, e que não viria mais nada, visto que eu tinha cometido um crime, por ti.
tu continuarias a ser das coisas melhores que tinha na minha vida se algum dia tivesses pensado em mim, um instante que fosse e te tivesses colocado no meu lugar, por mais complicado que fosse para ti!
Aprendi então, que não deveremos cometer "crimes", grandes ou pequenos, sejam de que tipo ou tamanho sejam, por bem dos outros, sendo que depois eles iram desrespeitar-te e tu poderás não ter ninguém suficientemente forte no teu caminho para te apoiar. E se antes tinha a certeza que não queria cometer aquele "crime", depois de tudo acontecer, acabei ter ter a certeza absoluta que não o deveria ter feito, fosse por quem fosse! Temos de nos respeitar primeiros a nós, sempre primeiros a nós e às nossas decisões! E é isso que tenho feito, desde então.
(chamem agora isto de egoísmo, chamem!)
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