memórias

Já dei por mim a ficar horas,  imóvel a pensar em tudo o que se tem passado... Pensar porque é que de facto eu não consigo reagir decentemente como queria às situações... Dou por mim a percorrer memórias que achava eu bem perdidas por aí... E então escondo-me por trás de um montes de fantasmas, afirmo que o mundo é belo e que por muitas razões eu sou feliz.
Na verdade isto tudo é só um querer incessante de continuar, o mundo não pára e eu sei que ainda há tanto para descobrir. Por vezes deixamo-nos levar por coisas tão evidentes como: medos; falta de paciência ou achar que nada tem o menor sentido. E eu provavelmente deixei que a angústia se aproveita-se de mim, deixei-me levar pela tristeza, em vez de fazer um braço de ferro e de imediato dizer: "ganhei!"
Antes eu era forte e acreditava de olhos fechados em muitas coisas que agora não merecem ser aqui referidas.

Peço desculpa pelo (enorme) cansaço que tenho vindo a demonstrar, mas tenho tentado dar o meu melhor, já alguém diria "só o melhor é o bastante" talvez isto seja apenas um caminho mais extenso...

A vida é um puzzle, por vezes as peças estão todas trocadas e nós achamos que aquela é composição correcta, contudo, ao chegarmos ao fim, depararmo-nos com a falta de uma peça e é desolador! Mas mais uma vez, lá vamos nós reconstruir tudo.
Afinal quem acerta à primeira no puzzle é um génio de glorificar!

Como opção primária temos: mudar e viver cada momento, é a principal razão de nos fazer recomeçar o puzzle, verdade? Por vezes temos de saber aproveitar aquilo que a vida nos dá e não tentarmos afastar, de todas as formas, alguém que nos quer tão bem, e que nos prova todos os dias o quão nós somos importantes e quanto a nossa distância iria fazer diferença.
Acreditei tanto em tantas histórias de amor que escrevi, ainda me lembro da primeira, devia andar talvez no 4.º ano, e falei sobre uma menina que se apaixonou por uma árvore, nessa altura, eu dava muitos erros, era ingénua, acreditava em qualquer coisa, até mesmo nessa história de amor. Eu achava que aquela história, cheia de erros e com uma letra horrível, um dia iria fazer sucesso, eu orgulhava-me tanto dela... Mas depois quando descobri que por vezes as pessoas ficam muito doentes e vão embora, que por vezes as pessoas só fingem gostar de nós, eu deitei essa história fora.
Um dia, eu acreditei poder escrever algo para além de uma história, muitas histórias, mas na verdade houve mais uma vez algo que veio provar-me que as mentias? Bem, elas existem, e na realidade eu não posso escrever muitas histórias.

1 comentário:

  1. podes sim, podes escrever quantas histórias quiseres, e dar-lhes a volta ao fim quando não gostares dele!

    (espero por ti em Utopia!)

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