memórias



E se vos disser que há uma tristeza enorme que me consome todos os dias, vão acreditar em mim?
E se eu disser que há momentos em que me sinto desesperada, vão acreditar em mim?
E se eu disser que também tenho problemas, às vezes, vão acreditar em mim?
E se eu disser que choro todos os dias, num desespero tal por não conseguir resolver esses problemas, por me sentir incompetente, inútil, vão acreditar em mim?

E se eu disser que me sinto triste, realmente triste, não me vão criticar mais por isso?
E se eu disser que me sinto incapaz de resolver os meus problemas e tentar resolver os teus e mesmo assim me sentir fraca em ambos os campos, vais acreditar em mim? (...)
Não pois não? Sou realmente fraca! Sou um barco a divagar, só. Uma gaivota! sou uma estrela... ou sou o que vocês quiserem. Invento ruas e percorro estradas que nunca percorri. Invento histórias que disfarçam o que sou.
E é isto que me faz ser tão fraca. Tão incompetente. Tão inútil.
É que se não tinha o direito de ser incompetente comigo. Porque o estou a ser com vocês?

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