E lá te encontravas tu mais uma vez.
Muito distante de mim, muito longe. Eu prefiro assim.
Recuso agora olhar-te. Recuso agora poder tocar na tua mão. Poder abraçar-te. (Sabes que eu antes não te abraçava porque tinha medo de fazer demasiada força, com receio de partir um pedacinho do que eras para mim? - Na verdade eras muito.)
Tenho medo, e fecho-me em concha, não receio dizer isso, é verdade!
Ainda escuto os teus gritos, e ainda sinto os meus dedos a apertarem as minhas mãos frias. sinto-me incapaz ainda agora de ser agressiva contigo. Ou gritar-te um - basta, estás a magoar-me!
Muito distante de mim, muito longe. Eu preferi assim.
Houve uns tempos em que eu não queria também afastar-te de mim, e prometi isso, estás recordada? Eu escolhia-te a ti. E (também) eras muito importante para mim... Em princípio meio e fim. Agora a minha garganta gela só de pensar isso. Dói, não sei bem explicar onde.
Serás tu uma pessoa crescida? Outrora escrevi um postal para ti, que dizia "as pessoas crescidas são tão complicadas" - lá diria o Principezinho.
o problema nas pessoas crescidas é que algumas se esquecem da criança que foram. Mas olha: podes sempre lembrá-las disso!
ResponderEliminar