memórias

Mais uma vez, mais uma vez alguém partiu, sem qualquer tipo de dó nem piedade.
Tu, tu partiste. E eu ainda não consigo encarar isso a não ser como um enorme vazio. Não estava na altura de partires, não estava! Mas tu... Bem, tu eu não sei, apenas sei que foste embora fingiste de um momento para o outro que eu não existia mais na tua vida e trataste-me com a maior indiferença de sempre. Acho que eu posso ter sido cruel, mas tu... Tu quase me choca teres sido tão desumano. Fizeste o que ambos sabemos que os outros fizeram... Sem aviso prévio partiram e tu que sempre "julgaste" de algum modo isso, fizeste igual. Tu sabias que eu nunca ia suportar a tua perda e sempre te dizia que todos podiam ir embora, menos tu... Enquanto tu dizias: "eu prometo, nunca te vou deixar" - tu prometeste! Será que ainda te lembras o que são promessas para mim? Tu prometeste mesmo sabendo que isso era realmente muito importante, lembraste? Lembraste pelo menos o que para mim (ainda) são promessas? Contudo, sem recusar uma única vez no passo, comportaste-te como se eu tivesse morto alguém; como se eu tivesse cometido o maior erro de sempre e merecesse de facto ser castigada. Tu deixaste-me na fase mais complicada da minha vida e o pior de tudo, é que tu sabias disso (tu ainda sabes disso, duvido que te tenhas esquecido), tu eras a única pessoa que sabia disso, que sabia de tudo. 
Não te condeno, como me estás a fazer a mim, porque apesar desta dor enorme, deste vazio... Eu seria capaz que voltasses, não só porque conheço o teu melhor como também aceito todos os teus defeitos e fragilidades. Mas aliás, eu nunca quis que fosses embora, muito menos de um dia para o outro...

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